
16.JUL
2025
Seguindo nosso projeto, vamos de carro até Umea, viajando pela costa e tendo uns vislumbres do mar Báltico que fica nos espreitando na margem direita da rodovia. Vamos fazer uma parada em Sundsvall, cidade portuária importante e com uma história bem peculiar.
A cidade foi acometida por três grandes incêndios relevantes. Após o último, decidiram por substituir as construções de madeira, por construções de pedra, com a esperança de que o fogo não seria mais problema. Paralelamente, Umea também experimentou situação semelhante e fez outro caminho: investiu de forma pesada no plantio de mais árvores e florestas plantadas, reduzindo as possibilidades de incêndio. O legal disto é que são duas soluções bem diferentes, mas sintonizadas com o contexto.
Dito isto, Sundsvall é uma cidade muito bonita. Com um ar medieval nas construções e uma constante na decoração: dragões estilizados, com propagandas da polícia, hospital, imobiliárias e todos os assuntos que se possa imaginar. Um mascote muito simpático! Praças e áreas verdes são bem presentes e conferem um ar acolhedor ao lugar.
A presença de empresas de beneficiamento de madeira é muito forte e vimos vários depósitos de toras, cavacos e grandes pilhas de madeira em vários locais próximos à rodovia. Nos hospedamos em um hotel antigo, que ostenta a pompa de outros tempos.
Destaque para os abrigos em caso de guerra. Na Suécia são mais de 65 mil e todos são identificados com um quadrado laranja que emoldura um triângulo azul. Nos tempos de paz estes espaços são usados por academias, espaços de lazer e quaisquer outros usos para garantir a funcionalidade e a conservação dos espaços. A guerra é uma sombra que não se apaga da memória de quem já viveu a crueza destes tempos. Por isto, sempre tem algo que serve como plano de contingência.
Seguindo viagem paramos em um parque nacional, o Skuleskogens. Este parque tem um relevo muito acidentado e suas formações rochosas estão diretamente ligadas às elevações pós glaciação. Este fenômeno é causado por uma diminuição na pressão do gelo sobre a superfície, que faz com que surjam camadas de terreno elevado, a cada período de degelo.
O parque é muito bem conservado e possui muitas trilhas para explorar suas belezas. Bem próximo, antes da chegada ao parque tem uma área de camping, bem estruturada, onde o pessoal se mobiliza para as explorações no parque. Uma floresta antiga e densa, formada por pinus e abeto dá o toque verde à toda a paisagem.
Tivemos a chance de olhar de um ponto alto no parque que nos mostrou uma imensidão de pinheiros, com um lago no entorno e o mar báltico ao fundo no horizonte. Uma visão muito bonita!